Este Blog é uma obra de impressões pessoais, qualquer semelhança com a vida real pode não ser só mera coincidência.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Começando a enxergar a luz.

Neste dias de ferias, eu estava no salão e li uma entrevista na Marie Claire, da figurinista do Sex and the City, e do Diabo Veste Prada, Sra Patricia Field.

Bom, quem conhece as duas obras acima, sabe o poder desta mulher.  Foi ela que transformou a Sarah Jessica Parker em musa fashion, e inventou o conceito Hi-Lo (High and Low) que legaliza a bluzinha da C&A com a Calça da Diesel e Havaianas. Ganhou varios premios.

Mas, o que me chamou a atenção, foi a opinião dela sobre o mundo corporativo. A Mulher é mesmo uma sábia.

Vejam que opinião mais madura, copiei apenas os pontos que me interessaram, a íntegra esta neste link:

“Se a arte de uma pessoa não falar por si, de nada serve seu currículo” 

PF: Várias cabeças criativas juntas formam todo um lifestyle. As pessoas com quem trabalho [15 funcionários na loja no East Village, e de três a seis, dependendo da demanda, no figurino para TV] são aquelas com quem saio. Elas estão comigo há anos e foram contratadas pelo magnetismo, não pelo currículo. Se a arte de uma pessoa não falar por si, de nada serve o currículo. Gosto de gente alto-astral. Quem é feliz exala bom humor no trabalho. 


“A verdadeira democracia é o caos, não essa ditadura corporativa”

PF: Procuro manter distância da ditadura corporativa. Hoje criações, culturas e países inteiros não mais importam — só interessa o que pregam as corporações. Elas mandam no nosso jeito de trabalhar, na bolsa de valores, na moda. Vivemos a idade das trevas corporativas. Há séculos, quem mandava eram os reis. Eles eram donos das terras e, por isso, determinavam o que os súditos iam ler, pensar, comer ou vestir. Hoje, quem manda são corporações. Isso é uma corrupção de valores. A verdadeira democracia é o caos, não a ditadura da organização.


Eu sei que é só um pedaço mas, estes comentários resumem a minha própria percepção. O Mundo Corporativo é uma ficção. Um filme triste, onde os personagens somos nós. Nenhum ato heróico, nenhuma emoção. Só uma rotina estúpida e sem sentido, com valores altamente discutíveis que nos seduz, com uma promessa de uma estabilidade falsa, e um salário ridículo, em troca de 35 anos de nossas vidas.

A nossa vida tem de ser decidida por nós. Que horas vou acordar, que horas vou comer e que horas vou trabalhar. Essa ditadura corporativa é uma insanidade. Só não somos escravos por que não apanhamos e ganhamos salário.

O que recebemos é esmola. Não apanhamos fisicamente, mas somos açoitados psicologicamente falando, quando zombam de nossa inteligência todos os dias, quando limitam nossa capacidade criativa por medo ou por incapacidade de compreender o que queremos ou o que podemos. Obedecemos ordens. Temos senhores que decidem entre um charuto e um whisky, nosso destino.

Não precisa ser assim. Não será assim. Pelo menos para mim.

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